Vivemos um tempo em que a rapidez com que as mudanças acontecem exige cada vez mais das pessoas inovação e criatividade. Segundo estudo da Fundação Botín, da Espanha, uma educação que prioriza o desenvolvimento da criatividade na infância pode aumentar em 17,6% a chance de uma criança ingressar no ensino superior e conseguir um bom emprego. O levantamento apontou, ainda, que submeter os estudantes a situações que exijam soluções criativas também aumenta em 15,4% a probabilidade de o aluno se engajar em trabalhos voluntários, eleva em 8,6% as chances de ele criar amizades mais sólidas ao longo da vida e aumenta em 20% o interesse em participar de processos eleitorais. Diante disso, é preciso que as escolas se conscientizem da importância da criatividade ao longo da trajetória escolar de um estudante.
Raciocínio lógico + criatividade
Durante muito tempo, os sistemas educacionais das sociedades industriais funcionaram de forma diferente, dando ênfase à capacidade de raciocínio lógico e matemático, formando gerações de pessoas capazes de calcular, analisar e planejar, mas que têm dificuldade em propor soluções originais para os problemas do dia a dia. Quando pensamos que os grandes avanços do homem surgiram da união do raciocínio lógico com a criatividade, fica claro que exercitar o lado criativo do indivíduo é fundamental para ajudar a transformar o mundo. No entanto, a tarefa não é fácil. Desenvolver diferentes formas de funcionamento da mente representa um desafio para os educadores. De forma geral, ser criativo tem mais a ver com “desaprender” antigas formas de pensar do que com adquirir habilidades especiais. A criatividade e o questionamento de antigos hábitos ainda encontram resistência na sociedade. Felizmente, essa visão vem mudando e as escolas, com suas propostas de ensino, têm um importante papel na formação de estudantes que deverão, no futuro, se transformar em cidadãos inovadores.
Preparados para os desafios do mercado de trabalho
Indivíduos capazes de acionar seu lado intuitivo para entender as expectativas dos clientes, trabalhar em equipe e desenhar soluções inovadoras vêm sendo mais valorizados no mercado de trabalho. A contribuição desses profissionais será cada vez mais essencial para adicionar valor às organizações e ajudar a construir uma sociedade mais justa e equilibrada. Portanto, além do foco no vestibular, estudantes e professores devem buscar continuamente uma educação transformadora, capaz de desenvolver todas as potencialidades de um indivíduo. Afinal, depois da faculdade, existe uma vida inteira a ser vivida, e indivíduos bem preparados terão mais condições de atender às necessidades do mercado de trabalho e contribuir significativamente para transformações tão importantes que precisamos ver no mundo.
Fonte: Editora Positivo – Acessado em 06/10/2017 – às 16:52