Intimidações, humilhações e outros tipos de violência entre crianças sempre existiram, principalmente no universo escolar. Com a popularização dos smartphones e das redes sociais, muitas vezes sem vigilância e controle dos pais, o bullying evoluiu e ganhou novo status: o cyberbullying. A prática vem sendo tratada como uma conduta ainda mais grave, já que seus danos são muito maiores, principalmente porque envolvem a publicação de conteúdos ridicularizantes na internet, que possui alcance global e onde a completa remoção do material é praticamente impossível.
Tais atos de violência psicológica, intencional e repetitiva, praticados por indivíduo ou grupos, com o objetivo de intimidar e agredir, causam dor e angústia à vítima. Como em boa parte das vezes a prática tem origem ou se desenrola em ambiente escolar, acaba afetando a aprendizagem, a convivência e o comportamento dos alunos. Em muitas escolas, o tema é motivo de preocupação, fazendo com que gestores e professores trabalhem com os estudantes campanhas de conscientização, prevenção, diagnóstico e combate ao cyberbullying.
Segundo especialistas, o ideal é que esse tipo de trabalho seja feito utilizando mecanismos e ferramentas que promovam o diálogo e a mudança de comportamento. A escola pode manter espaços democráticos, criar rodas de conversa e organizar palestras. Todo momento que permita aos alunos falarem sobre problemas e situações que enfrentam no cotidiano escolar – e fora dele – é uma grande oportunidade de fazer crianças e jovens valorizarem a convivência sadia, a empatia e a solidariedade ao próximo. Discussões dessa natureza normalmente melhoram a percepção sobre o outro e o comprometimento com o coletivo. E quando se trata do bullying virtual, é preciso fazer com que os alunos reflitam também sobre a perpetuidade do conteúdo publicado na internet.
Fonte: Editora Positivo – Acessado em 30/11/2017 – às 11:00