4 dicas para criar um filho sem rótulos

“Lucas é nosso reizinho!”

“Quer ver como o chorão já vai abrir a boca?”

“A chefinha está pedindo silêncio para ela ouvir a TV!”

“Ah, a desastrada derrubou de novo?!”

Você já fez ou ouviu afirmações desse tipo, muitas vezes vindas de pais orgulhosos de seus filhos?

Sim, é muito comum que acabemos por rotular nossos filhos sem perceber, de forma inocente e na grande parte das vezes até como forma de expressar carinho.

Existe porém, uma armadilha por trás da maneira como fazemos isso: a criança acaba por assumir o papel que damos a ela e a tentar constantemente melhorar o desempenho, já que passa a acreditar que não será querida ou aceita fora desse papel.

A vida adulta dessa criança será fortemente impactada pelo papel que ela exerce na infância, mas antes disso, ainda haverá todas as dificuldades que ela enfrentará durante os anos da vida infantil e da adolescência enquanto tenta conviver com o rótulo e buscar caminhos para ser ela mesma.

Você pode estar pensando: “ainda bem que não colocamos apelidos ou papéis para nossos filhos aqui em casa!”

Há, contudo, outra maneira de rotular sem dizer claramente o papel que você está dando para ele representar – a mensagem que você passa do que pensa em relação a seu filho.

Um exemplo que passa despercebido no dia a dia, vindo de pais que tentam ser presentes e ajudar os filhos:

“Terminei a tarefa.

Mas já? Não deve estar boa, foi rápido demais. Já vou aí olhar.

Não precisa, eu fiz tudo direitinho. Estava fácil.

Até parece, você fazendo direitinho? Ah, me engana que eu gosto!

Olha isso aqui: que letra horrível. Por isso terminou rápido!”

Que imagem você tem dessa criança ao ler esse diálogo? Que adjetivos vêm à sua mente ao ler uma passagem tão curtinha: lento (ou, pior, lerdo), incapaz de fazer um bom trabalho, mentiroso e outros que podem vir no inconsciente da criança e que nunca saberemos de onde ele tirou uma imagem tão negativa de si próprio.

Então mesmo que vocês não usem a palavra – rei, chorão, desastrada – se você estiver passando essa ideia com suas palavras ou atitudes, seu filho assumirá esse papel e não saberá sair dele sozinho. E aí é que se formam as crianças que de fato são mandonas, choronas, desajeitadas – aos olhos de quem olha de fora.

As dicas de hoje vão ajudar você a libertar seu filho da necessidade de representar o papel que já tomou como dele.

1 – Esteja atento ou crie oportunidades para mostra a seu filho outras características dele:

Olha esse brinquedo! Você tem ele desde que tinha 3 aninhos! Está conservado e lindo até hoje!

Estou impressionada que você tenha conseguido resolver esse problema da tarefa de matemática sozinho! (ao invés do foco na letra que não está boa, por exemplo).

2 – Coloque seu filho em situações em que ele consiga melhorar a imagem que tem de si próprio.

Você leva essa toalha e guarda na última gaveta por favor? (algo que não pode ser quebrado se cair no chão; última gaveta se for uma criança ainda pequena, assim que ela guardar, você agradece e elogia. Pronto: lá se foi a imagem de desastrada!)

Terminou a tarefa? Que bom! Você deve ter prestado muita atenção na aula hoje para fazer a tarefa toda sem ajuda! Você pode me mostrar e me ensinar um exercício só da tarefa de hoje? (e se ele tiver feito correndo e sem atenção, vai revisar antes que você se decepcione).

3 – Sem que ele perceba, consiga que seu filho ouça você falando sobre ele para uma outra pessoa.

Vovó, você precisava ver como ele ficou forte e deixou o moço dar a injeção nele! (ao telefone, fazendo de conta que não percebeu que ele está ouvindo).

 Papai, ele foi na loja comigo comprar o presente do amigo e foi um ótimo companheiro. Ajudou a escolher o brinquedo e entendeu direitinho que ele só vai ganhar presente quando for aniversário dele. (na sala ao lado de onde ele está brincando).

4 – Conte histórias de situações que ele enfrentou de forma positiva e que não agiu de acordo com o rótulo. Ele vai perceber que você o aceita e ama sem o papel que ele pensa ser o único esperado.

Quando você tinha 5 anos levava ovo e fruta de lanchinho na escola e comia tudo!

Lembre-se que qualquer rótulo é uma amarra que em algum momento prende seu filho e o impede de descobrir quem realmente ele é!

Fonte: SOS Educação – Acessado em 05/09/2017

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